Os professores das Universidades Federais entraram em greve com base numa pauta, protocolada no MEC, que contem dois pontos centrais: a valorização da carreira de docente nas instituições federais e o aumento dos investimentos nas universidades, cujas condições de trabalho vem sendo precarizadas com a expansão de vagas sem disponibilidade de recursos correspondentes pelo governo. A “clippagem” a seguir documenta as razões das reivindicações dos professores. O governo precisa sair de sua intransigente e arrogante posição de não atender à pauta dos professores. Sua postura avestruz, ou pior, autolaudatória, não ajudará o país a superar suas limitações educacionais.
Em sua infeliz entrevista coletiva no final de maio, o Ministro Mercadante diz não ver motivo para greve nas federais. Segundo Mercadante, os problemas na entrega das obras dos 132 novos campi são “pontuais” e não são a justificativa para a paralisação. Infraestrutura “é uma discussão em abstrato”, afirma o ministro. Veja o que o ministro diz a partir do minuto 11 no link de sua entrevista coletiva.
http://www.youtube.com/watch?v=ZRMCJt_DU_4
Entretanto, segunda a Controladoria Geral da União (CGU) os problemas são bem concretos.
Reuni: CGU aponta ‘sistemática de atrasos’ em obras das universidades federais
Relatório entregue ao MEC revela que demora na conclusão atinge uma em cada quatro construções avaliadas; 8% dos projetos têm 'problemas graves'
O próprio Sindicato dos Professores (ANDES-SN) já fez sua pesquisa e entregará os resultados ao MEC. O problema, definitivamente, não é abstrato...
Dossiê de sindicato dos professores federais retrata precariedade Andes elabora material que mostra laboratório improvisado em banheiro em universidade federal. Para instituição, aumento de alunos tornou mais precário o trabalho docente
Em audiência no Senado, no dia 10 de julho, o Ministro Mercadante diz que carreira deve priorizar titulação e dedicação exclusiva.
“Esta é a universidade que queremos. Vamos beneficiar gente que tem pesquisa, que se titulou e que vai ter um compromisso prioritário com a universidade”, defendeu Mercadante. Entretanto, os leitores deste blog sabem que isto não é o que o governo ofereceu aos professores (vejam análise aqui). Os fatos amplamente noticiados desmentem o pretenso esforço feito pelo governo para valorizar a carreira dos professores mais titulados.
Em 2015, professor doutor federal irá receber menos do que USP paga hoje Proposta do governo cria mais níveis na carreira dos doutores e salário para dedicação exclusiva começa em R$ 8.639. Hoje, estaduais paulistas pagam R$ 8.715.
25% dos concursos para professores em federais de SP não têm aprovados Em greve nacional, docentes afirmam que salários baixos afastam candidatos; governo diz que faltam doutores
Apesar de todas estas dificuldades, os professores das universidades públicas federais continuam servindo ao país muito melhor...
Instituições privadas receberam 87% das notas mais baixas no ENADE; entre as 48 melhores, 47 são universidades públicas
Federais são campeãs de aprovação no exame da OABFerramenta do iG mostra o índice geral de aprovação das faculdades de Direito na história do Exame de Ordem Unificado. Top 20 tem 16 federais, 4 estaduais e nenhuma particular
...do que as universidades privadas beneficiadas pelo governo.
Governo perdoa R$ 15 bilhões em dívidas de universidades privadas em troca de bolsas do Prouni. Projeções do Ministério da Fazenda apontam que faculdades e centros universitários particulares e comunitários têm entre R$ 15 bilhões e R$ 17 bilhões em dívidas tributárias com o governo federal. Além disso, essas entidades terão um ano de carência sem pagamentos das dívidas com a União
Cursos com as piores notas no Enade oferecem bolsas do ProUni
Metade dos cursos mal avaliados no Enade oferece bolsas no ProUni
Dilma, negocia, vai!
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http://www.youtube.com/watch?v=ZRMCJt_DU_4
Entretanto, segunda a Controladoria Geral da União (CGU) os problemas são bem concretos.
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