Fabiano A. S. Dalto
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Desigualdade e Desemprego na Europa

27/5/2013

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"Os principais defeitos da sociedade econômica em que vivemos
são a sua incapacidade para proporcionar o pleno emprego e a sua
arbitrária e desigual distribuição da riqueza e das rendas." (Keynes, Teoria Geral, cap.24)

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A tabela acima mostra indicadores Gini de distribuição de renda para países Europeus selecionados, mais Estados Unidos e Canadá. Os dados são da OCDE (http://stats.oecd.org/Index.aspx?DatasetCode=IDD). Quanto mais perto de 1, o índice de Gini indica mais desigualdade ou maior concentração de renda. Quanto mais perto de 0, o índice de Gini indica maior igualdade de renda entre as pessoas do país.

Já a taxa de desemprego, como todos sabem, que já não era baixa, só tem crescido na OCDE desde a erupção da crise financeira. As políticas de austeridade fiscal tem sido o grande fator a produzir tamanho sofrimento coletivo. A tabela abaixo mostra uma medida deste sofrimento para desempregados entre 15 e 64 anos (entre 15 e 24 anos os números são impublicáveis!).
 Imagem
A fonte das informações da tabela sobre desemprego acima também são da OCDE (http://stats.oecd.org/Index.aspx?DatasetCode=IDD#). Na Europa, com as possíveis exceções da Alemanha, Noruega e Holanda, a situação do desemprego é calamitosa.
Na sua própria época, diante de tal situação, Keynes sugeria uma saída da crise que não resultasse em reduções salariais nem no curto, nem no longo prazo. Na verdade, no embate das alternativas, a redução de salários na crise parecia contribuir para torná-la mais longa. Para Keynes, a redução salarial não implicaria em elevação da demanda efetiva pois no balanço das probabilidades ela não afetaria positivamente nem a propensão marginal a consumir, nem a eficiência marginal do capital, nem a preferência pela liquidez. Adotada em um único país, talvez a redução salarial pudesse incentivar a demanda efetiva por melhorar o balanço comercial desse país. Mas esta saída seria obviamente inatingível para o conjunto dos países europeus. Se todos baixassem seus salários suas posições de competitividade relativa não mudaria. Talvez pudesse mudar em relação ao resto do mundo e então aumentar a demanda líquida de exportações da Europa. Todavia, para esta saíde ser permanente, os Europeus teriam de combinar com o resto do mundo para eles aceitarem perder competitividade desta forma. Mas se os Europeus pudessem coordenar com o resto do mundo desta maneira, talvez fosse o caso de poderem coordenar suas políticas num sentido mais positivo, isto é, por meio de aumentos salariais mais intensos no resto do mundo do que na Europa. Para ter ganhos de competitividade por meio dos salários, basta que a Europa tenha seus salários subindo menos do que os salários dos demais países.
Enfim, reduções salariais não pareceriam soluções de acordo com a teoria de Keynes, particularmente num momento de altíssimas taxas de desemprego da força de trabalho e de endividamento privado, como se tinha no tempo da crise que Keynes presenciou e como se tem agora.
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    Fabiano Abranches Silva Dalto
    Professor da Universidade Federal de Economia
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